É cruel você ter que escolher entre ser e não ser, fazer acontecer, esperar que aconteça, ter que dar certo, ter que conseguir. Eu quero conseguir, mas também quero ter a alternativa de não querer. Quero ter motivos pra perceber que o que eu quero pode ficar pra depois, ou pode ser agora sem levar uma vida toda. Sem consumir a vida toda que já não tenho pela frente. Perceber que há cada minuto que passa é um passo a mais em direção ao precipicio e que você ainda não construiu sua casa porque não sabe que material deseja usar e não encontrou ainda as mãos certas pra te ajudar. Quem sabe, ao invés de uma casa eu queira só uma cabaninha. E quero poder querer sem ser censurada.
Quem sabe do lado da cabaninha eu queira construir minha mansão de forma lenta e sem pressão... e talvez desista de terminá-la.
talvez eu decida ciganear por aí e não construir minha casa coisa nenhuma, e nunca construir e nunca me decidir, e nunca terminar nada, e nunca ter que desejar algo até o fim. E, não querendo ser clichê, mas já sendo: eu sou uma metamorfose ambulante e muuuito inconstante. me deixa ser.
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