Hoje o mar estava um pouco bravo.
Está bravo comigo mar?
Devia ser, zangado com a mediocridade da minha alma ultimamente.
Receosa sentei na toalha, abri o livro, observei os garotos que surfavam sem medo dele, achei que eles tivessem em paz com ele, ou talvez que já entendessem sua psicologia quando ele está um pouco agitado.
Já era mais de 17 horas mas o sol ainda me esquentava forte, muito forte... eu pensava, será que ele não vai deixar eu entrar nem um pouquinho?
Li mais algumas páginas do livro, estava gostando mas queria mesmo era mergulhar. Enfim larguei a leitura, olhei para os poucos garotos ratos de mar que se aventuravam pelas suas ondas e também para os poucos turistas seguros na areia para ver quem me aprovava, mas nenhum sinal da parte deles. Então tomei coragem e fui.
Cheguei na beira do mar, senti gelar os meus pés, as ondas maiores do que eu estou acostumada a enfrentar quebravam muito próximas, tive mais medo ainda de não conseguir sequer entrar. Um medo gostoso tomou conta de mim por alguns segundos, e então as ondas se acalmaram e o mar cedeu como se dissesse "venha, pode entrar".
E eu entrei, e não me arrependi.
quarta-feira, 16 de fevereiro de 2011
segunda-feira, 14 de fevereiro de 2011
Então é assim.
Então é assim que vai ser? Eu, você, cada um pro seu lado.
É aliviante poder dizer depois de um tempo que não mais faço questão da sua presença, e não me aborrece mais nossas lembranças.
Antes eu tinha medo de esquecer você. Eu tinha medo de saber que no mundo as coisas são assim, tão esquecíveis quanto qualquer quarta feira.
O fato é que tremo por dentro só de ver sua silhueta em uma imagem pequena e quase imperseptível.
Que tipo de marca você gravou em mim? Que tipo de lavagem cerebral é essa que, enquanto dura, chamamos de amor e quando acaba chamamos de fase?
E as pessoas fracas que não sabem separar, desiludir, esquecer, descarregam em palavras, que no fundo mesmo, são vazias.
Acho estranho as pessoas acharem normal que outrem leve consigo parte delas. Imagine uma parte de sua carne sendo cortada com uma faca para outra pessoa usar como pingente. Com a alma (ou isso que chamamos de) é a mesma coisa.
É aliviante poder dizer depois de um tempo que não mais faço questão da sua presença, e não me aborrece mais nossas lembranças.
Antes eu tinha medo de esquecer você. Eu tinha medo de saber que no mundo as coisas são assim, tão esquecíveis quanto qualquer quarta feira.
O fato é que tremo por dentro só de ver sua silhueta em uma imagem pequena e quase imperseptível.
Que tipo de marca você gravou em mim? Que tipo de lavagem cerebral é essa que, enquanto dura, chamamos de amor e quando acaba chamamos de fase?
E as pessoas fracas que não sabem separar, desiludir, esquecer, descarregam em palavras, que no fundo mesmo, são vazias.
Acho estranho as pessoas acharem normal que outrem leve consigo parte delas. Imagine uma parte de sua carne sendo cortada com uma faca para outra pessoa usar como pingente. Com a alma (ou isso que chamamos de) é a mesma coisa.
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