quarta-feira, 31 de agosto de 2011

A menina da corda bamba

Ela adorava se aventurar ao caminhar pela linha tênue que há entre amar e sofrer. Os mais vividos lhe diziam: Cuidado! Um dia você dança! E ela esperava anciosa por esse dia, afinal, ela adorava dançar.
A vida só faz sentido depois que a gente morre de amor! - dizia ela.
Mas um dia ela experimentou o verdadeiro amor que a fez descer da corda bamba e andar na ponta dos pés.
E ela descobriu que mais que equilíbrio, amor é leveza, beleza e rítimo. E que não é preciso morrer para descobrir o quanto é bom estar vivo.
Mas ela precisava descobrir isso sozinha.

quinta-feira, 18 de agosto de 2011

Talvez

Talvez quando eu era só um espectro meu maior sonho era nascer
Talvez já realizei meu maior sonho e não sei.

segunda-feira, 15 de agosto de 2011

Escrevi ontem no bar

Se eu fumasse agora
eu quereria um cigarro.
Se eu soubesse que agora 
eu quereria você. 
Quisera eu não ter nascido.
Esses meus quereres que me cegam,
quisera compreendesse meu coração
o que minha cabeça já sabe.
Quisera meu cérebro comandasse 
meus sentimentos como
dizem os livros.
Mas não adianta reclamar agora
do que já foi feito.
Se a decisão foi minha é porque  algo
de futuro tinha no meu passado;
e agora muito de passado permanece
no meu presente.
Os dois lados da moeda têm exatamente
o mesmo valor, mas um é um rosto e
o outro é apenas promessa.
Acho que esse rosto é o seu.

quarta-feira, 3 de agosto de 2011

O resto é banal.

O resto é banal.

Haja amor pra tanto homem
Haja paz pra tanta mulher
Haja filhos pra tantos sonhos
Haja cantos pra todo ser

Nem sonhando estamos sós
Nem implorando estamos sãos
Nem segundo os nossos avós
Teremos perdão!

Mas pra mim o mundo vai bem
Mas pra ti o mundo vai mal
Quando se pensa em alguém o resto é banal.

Se você é a bola da vez
Se você não leu o jornal
Se você sentou e comeu
Comida fria no seu quintal.

Felicidade que se compra
Felicidade que se tem
Felicidade que se barganha
Não poupa ninguém...

Mas pra ti o mundo vai bem
Mas pra mim o mundo vai mal
Quando se deseja alguém o resto é banal
O resto nem tem.