quinta-feira, 12 de janeiro de 2012

Felipe

Ele parecia um cantor que eu gosto
parecia também que tinha me olhado
só parecia.
Mas eu olhei e isso valia.
Era verde sua camisa e por entre as árvores eu o via, não se camuflava.
Ele era gentil e de gentileza que se aqueceu tudo em mim e
eu disse o que a situação pedia. Eu disse qualquer coisa que se diria.
Eu sei seu nome e não o sobrenome e já era quase dia, aquela altura.
Ele só queria sair, eu só queria ficar
com ele.
De tudo que eu conhecia, tanto se diferenciava.
Tanto trato, tanto jeito. Em botafogo ele queria um chopp, eu queria muito mais.
Mas não podia, já era mesmo quase dia.
Depois rolou muita sinceridade e muito cheiro bom.
E num descuido, ele foi relapso eu fui... difícil.
E ele esqueceu, quis dificultar também.
Pra Copacabana ele fugiu, aí já era dia mesmo.
O sol à pino e ele dizia: já era de pegar onda.
Eu que tava completamente na sua onda esqueci de querer saber mais que o seu nome.
Depois da avenida movimentada tem um ponto de ônibus.

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