segunda-feira, 17 de dezembro de 2012

memória de final de ano zero um

quase agosto.
quase não gosto. quase não quero.
abraço terno. abraço eterno.
ela diz rolou um abraço quente.
eu digo que isso imagina abraço de amigo.
e era mesmo.
noite fria corpo quente
peripécias
beijo de amigo.
testa na testa riso no riso
música velha embala sentidos novos
pessoas entorpecidas.
frio madrugada árvore vizinhos sonolentos
gente nova estranha entorpecida.
tudo era um riso.
tudo vaza quando a madrugada torna-se dia
vontade de estender mais um pouquinho
talvez até o final do ano. 
e a gente estende.
eu estendo até o final da memória.

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