domingo, 9 de dezembro de 2012
(n)ele
Ele é tímido e anda
como se não precisasse de ninguém
talvez não precise mesmo.
Mas eu queria que precisasse de mim.
No fundo, no fundo, ninguém precisa.
Mas não é preciso precisar, é preciso querer. Basta querer.
Talvez o que ele faz é esconder sua vontade, mas algo me diz que sim!
Talvez seja o tom da sua voz tímida e quase sem volume me
dizendo claro.
Não posso julgar seu jeito horrível de ser.
Só posso lamentar que como alguns outros ele me pegou pela imagem.
Eu gosto da sua imagem.
E eu crio histórias à partir desta imagem, sem que elas sejam possíveis de acontecer.
O que me incomoda é o que mais me prende
(n)ele.
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